Social Icons

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Era uma vez...

Uma viagem. Uma história. Um verão.
Não imaginava que iria ser assim, que iria acontecer, mas ocorreu.
Com uma simples caminhada bem cedo, acompanhando o sol nascer, perdida com os meus pensamentos. Meu único desejo era esquecer os problemas que resolvi abandonar e aproveitar o meu refúgio.
Andando e sentindo o pequeno frio da manhã.
Andando e ouvindo os sons que a natureza me fornecia.
Aproveitando o começo do dia.
Observei estabelecimentos começarem ao trabalho, nas ruas as pessoas começavam a aparecer, os carros já estavam circulando.
Cheguei ao meu ponto final da caminhada.
Atravessei a rua e fui até o pequeno chalé para tomar um bom café e tentar planejar o resto do dia. Sentei em uma mesa confortável e fiz o pedido. Enquanto esperava observei as pessoas ao meu redor. Não estava cheio, tinha poucas pessoas no local. Tinha um casal acompanhado de duas crianças, uma família feliz ao primeiro olhar. Uma mulher lendo o seu jornal e falando ao celular. Um idoso tomando a sua xícara de café. Tudo parecia normal. Até que uma imagem me chamou a atenção através da vidraça do chalé. Uma criança descabelada, com o rosto sujo, estava observando o lado de dentro do chalé. Pelos olhos grandes e o jeito que abria a boca, percebi que sentia fome. Um sentimento de tristeza e pena me invadiu, aquela criança poderia estar com fome há dias. Pensei em ir até ela para convida-la para comer algo, mas quando a ideia me ocorreu um dos funcionários do chalé estava espantando a criança e a garota tinha saído, assustada.
A imagem daquela pequena garota, com fome, não saía da cabeça. Quando o meu pedido chegou só fiz tomar o suco e pedi para que embalassem para a viagem.
Sair do chalé decidida. Com um único objetivo. Vou encontrar aquela pequena garota.
Andei por perto do chalé, olhei nos becos próximos e em lugares escondidos, mas não achei a garota. Quando já começava a desistir, a vi em frente ao chalé novamente, observando o lugar. Cheguei perto dela bem devagar, quando ela sentiu a minha presença se assustou, antes que ela fugisse falei que queria só conversar e que tinha uma coisa pra ela. A criança ficou curiosa, mas ainda tinha medo. Perguntei se estava com fome, ela balançou a cabeça afirmando. Peguei o saco e dei a ela, "Espero que goste", falei.
Ela demorou um pouco de pegar, e quando pegou abriu o saco e ficou tão surpresa e feliz que me emocionou, ela agradeceu e saiu correndo feliz.
Algo inesperado que se acontece por atitudes inesperadas pode nos dar a maior alegria que já sentimos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário